Na fertilização in vitro (FIV), os embriões podem ser transferidos ao útero entre os dias 2 e 3 de desenvolvimento ou um pouco mais tarde, entre o 5^o e o 6^o dia, quando o embrião está no estágio denominado blastocisto.

Ainda não há pesquisas suficientes para comprovar em que estágio, em uma gestação natural, há a implantação com maiores chances de que a gravidez tenha sucesso e não termine em um aborto, mas a técnica de FIV faz o procedimento em um desses dois momentos. Muito se tem pesquisado sobre qual seria o melhor momento para fazer a transferência dos embriões para o útero, com resultados controversos.

A transferência do embrião em estágio de blastocisto apresenta, portanto, vantagens e desvantagens.

Vantagens da transferência de embriões em estágio de blastocisto

As principais vantagens ao transferir os embriões em estágio de blastocisto são:

Do 2º para 3º dia de vida do embrião ocorre a mudança na expressão genômica dele. Até o 3º dia, ele expressa o genoma da mãe e a partir daí o dele próprio.

Como cerca de 40% dos óvulos de uma mulher jovem são anormais, apenas 40 a 50% atingem ao estágio de blastocisto. Ocorre portanto uma seleção genética natural resultando em embriões de maior potencial de evolução.

Também é um procedimento necessário quando o embrião será submetido à Diagnóstico Genético Pré-Implantacional (PGD).

Desvantagens da transferência de embriões em estágio de blastocisto

A principal desvantagem da transferência de embriões em estágio de blastocisto é que muitos deles não chegam a se desenvolver até esse estágio, o que reduz expressivamente a quantidade de embriões viáveis para implantação.

Conclusão

As vantagens da transferência dos embriões em estágio de blastocisto nem sempre representam um maior índice de sucesso da gravidez.

Dessa forma, em alguns casos é melhor fazer a transferência entre o segundo e o terceiro dias, e em outros, é melhor fazer entre o quinto e o sexto dias.

O médico pode avaliar qual solução é mais adequada para cada caso.