RELAÇÃO SEXUAL PROGRAMADA
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A maioria dos casais, em um primeiro momento, tenta por muito tempo uma gestação natural. No entanto, nem todos conseguem alcançá-la, devido a algum distúrbio que pode estar presente no homem ou na mulher.
A relação sexual programada é uma das técnicas de reprodução assistida mais simples e fáceis de realizar oferecidos pela medicina a casais que não conseguiram uma gestação natural no período de 12 meses ou mais de relações sexuais sem a utilização de métodos contraceptivos.
A primeira etapa do tratamento é baseada no cálculo do período fértil da mulher com ciclo menstrual regular, que oferece informações fundamentais para que o casal saiba o momento mais propício para a fecundação. No entanto, além de ter o ciclo regular, a mulher precisa ter a ovulação regular para que o método possa surtir efeito.
Caso contrário, será necessário o tratamento por indução da ovulação. Se a mulher apresentar ciclos irregulares, a ovulação pode ser avaliada via ultrassonografia, que mostra todo o desenvolvimento do folículo e auxilia na identificação do momento que haverá a ovulação.
Esse tratamento, por se tratar de um método natural, também é limitado em mulheres com mais de 35 anos e em casais que tenham outros tipos de distúrbios que possam levar à infertilidade.
Caso o método natural não surta efeito e a gravidez não aconteça, a mulher pode ter algum problema na ovulação, e o casal pode optar pelo tratamento de indução da ovulação.
O tratamento por indução da ovulação é utilizado como etapa para muitos outros tratamentos de infertilidade.
Há casos em que a mulher não ovula com a mesma regularidade do ciclo menstrual e não consegue engravidar. Para esses casais, a medicina oferece o tratamento por indução da ovulação.
Trata-se de medicamentos administrados por via oral ou injetáveis (de acordo com uma avaliação feita da mulher pelo médico especialista) que têm a função de provocar a ovulação (uma grande quantidade de óvulos) mediante a estimulação dos ovários.
No início da menstruação, entre o segundo e o terceiro dias do ciclo, o primeiro ultrassom transvaginal é feito com o objetivo de analisar se há algum cisto no ovário do ciclo anterior e verificar a existência de miomas, tecido do endométrio anormal e pólipos, condições que reduzem as chances de gravidez. Se o exame não detectar nenhuma anormalidade que impeça a continuidade do tratamento, inicia-se o controle para determinar o dia da ovulação.
Depois do primeiro ultrassom, ele e refeito a cada dois ou três dias, até que o folículo cresça até as dimensões adequadas, cerca de 18 mm. Nesse momento, é ministrada na mulher uma medicação (hormônio HCG) que estimula a maturação do óvulo nas horas seguintes e, consequentemente, sua saída do folículo e migração para as trompas, onde será fecundado pelo espermatozoide.
O último momento é o teste para verificar se aconteceu a fecundação e a implantação do embrião, ou seja, se a mulher está grávida. Isso ocorre geralmente depois de 15 dias das relações sexuais programadas.
Nem sempre o casal consegue a gravidez na primeira tentativa da técnica, por isso recomenda-se que o processo seja repetido algumas vezes.
Caso realmente não haja sucesso, o casal poderá tentar outras alternativas de tratamento, como inseminação artificial, fertilização in vitro, entre outras.
É importante destacar que o tratamento só é indicado para casais que apresentem normalidade em todos os outros exames para detectar infertilidade (espermograma e histerossalpingografia, por exemplo), o que revela possível distúrbio na ovulação.
Além disso, existe um risco aumentado de gestação múltipla, uma vez que é feita a estimulação de mais de um folículo, e a própria gestação múltipla oferece riscos, como parto prematuro.
Também há a possibilidade de a mulher desenvolver a Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO), que pode levar a outras condições, como a trombose. Por essa razão, é fundamental que todo o processo seja acompanhado por especialista.
A taxa de sucesso do tratamento é de cerca de 12% a 15%.