PROSTATITE
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A próstata é uma glândula com cerca de 3 cm a 4 cm de diâmetro localizada no aparelho reprodutor masculino, mais especificamente embaixo da bexiga e atrás do reto, responsável, principalmente, por produzir parte do líquido ejaculatório, denominado fluído prostático, que se mistura aos líquidos produzidos pelos testículos, vesículas seminais e outras glândulas menores para formar o sêmen.
A glândula tem o formato de uma noz e envolve a parte inicial da uretra, canal que faz a eliminação da urina através do pênis.
A prostatite é um processo inflamatório que afeta, principalmente, a próstata de homens adultos, podendo ser infecciosa – mais rara – ou não.
Há diversos tipos de prostatite, portanto os sintomas, as causas e as sequelas são também diversos, e o médico precisa fazer uma avaliação completa para determinar o tratamento correto.
Segundo os National Institutes of Health (EUA), as prostatites são classificadas da seguinte forma:
Para que os pacientes passem por uma avaliação detalhada de sua doença, as secreções prostáticas devem ser coletadas, depois de massagem prostática, e analisadas, entretanto, na prática clínica, esse exame não é solicitado com frequência, apesar de sua importância.
As principais bactérias que causam a prostatite aguda são as mesmas que causam a infecção urinária, como a Escherichia coli. A prostatite aguda se caracteriza por um quadro inflamatório decorrente de uma infecção bacteriana na próstata por bactérias que estão na uretra ou bexiga. Tem início repentino e manifesta sintomas gerais e do sistema urinário bastante marcantes.
Assim, os fatores de risco mais observados são:
A prostatite aguda não se restringe a determinadas faixas etárias, e os seus principais sintomas são:
Em muitos casos, o paciente é hospitalizado por causa da intensidade dos sintomas.
O diagnóstico da prostatite aguda é feito com base na avaliação dos sintomas clínicos e no exame de toque retal.
Já a urocultura tem a finalidade de identificar a bactéria causadora da infecção, e o exame de urina tende a detectar piócitos na urina, bem como sangramento microscópico.
O aumento da dosagem do antígeno prostático específico (PSA), medido nos exames de sangue, evidencia um quadro de inflamação na próstata. Nesses mesmos exames, os marcadores de atividade inflamatória, como PCR e VHS, também estão elevados em caso de prostatite aguda.
Qualquer bactéria presente no trato urinário tem potencial para causar uma prostatite bacteriana aguda.
Por ser uma infecção bacteriana, o tratamento da prostatite aguda é feito com a prescrição de antibióticos por um período aproximado de um mês.
As bactérias causadoras da prostatite, de modo geral, são as que também causam a infecção urinária, portanto os medicamentos antibióticos são os mesmos: a maioria é à base de quinolonas (ciprofloxacina, levofloxacina e norfloxacina). Os resultados da urocultura geralmente demoram de 48h a 72h para serem concluídos, portanto os antibióticos podem ser substituídos posteriormente.
Os sintomas se reduzem após 48h de tratamento com antibióticos, e, após sete dias, a urocultura é negativa, não mais indicando a presença de bactérias na urina.
Como é um processo bastante dolorido, os médicos costumam prescrever analgésicos comuns e anti-inflamatórios.
A prostatite bacteriana crônica é uma das possíveis complicações, quando a inflamação aguda não é tratada adequadamente.
No entanto, os sintomas são mais leves, assim como o quadro em geral. As reclamações mais presentes são:
Os sintomas da cistite se confundem com os da prostatite crônica, portanto ambas as doenças exigem um diagnóstico mais detalhado para não haver equívocos.
De forma semelhante à prostatite aguda, o diagnóstico da prostatite crônica é realizado com base na pesquisa da história clínica do paciente e no exame de toque retal.
No entanto, nesse caso, durante o exame de toque retal, o médico já pode realizar a massagem da próstata, necessária para estimular a secreção de líquidos a serem encaminhados para análise laboratorial.
Esse procedimento difere da aguda porque a massagem prostática não pode ser realizada na prostatite aguda, em virtude do alto risco de bactérias irem para o sangue.
A urocultura realizada depois da massagem é igualmente uma opção para se chegar ao diagnóstico da prostatite crônica.
O médico pode achar pertinente, devido às características da doença, solicitar testes que verifiquem a presença de infecção por clamídia.
O tempo de tratamento da prostatite crônica é similar ao da aguda, entre quatro e seis semanas, no entanto os pacientes com infecção recorrente podem levar mais tempo para se curar.
A expressão “síndrome da dor pélvica crônica” é mais adequada que “prostatite não bacteriana crônica”, pois é comum a próstata não ser afetada no quadro, embora os sintomas sugiram isso.
A síndrome da dor pélvica crônica apresenta sintomas urológicos e desconforto na região pélvica.
De modo geral, o diagnóstico de síndrome da dor pélvica crônica é feito por exclusão. Assim, apenas depois que todas as outras possibilidades tiverem sido descartadas é que pode-se chegar ao diagnóstico da síndrome.
Os sintomas da síndrome da dor pélvica crônica são os mesmos da prostatite crônica, com o acréscimo de dor pélvica, desconforto anal e incômodo nos testículos.
Ainda não há tratamento específico para a síndrome da dor pélvica crônica. Quando não se consegue descartar uma prostatite bacteriana crônica, uma opção é a terapia com antibióticos por cerca de quatro semanas.