A consulta ginecológica de rotina é essencial para prevenir doenças e cuidar da saúde reprodutiva e sexual da mulher. Nesse momento, o médico especialista coleta o histórico da paciente, realiza o exame físico e solicita exames específicos de sangue e de imagem para a detecção precoce de qualquer alteração no sistema reprodutor feminino.

Quando falamos em saúde feminina, o mioma se destaca como uma das principais alterações uterinas das mulheres em fase reprodutiva. Apesar de ser um nome relativamente conhecido, poucas pessoas sabem de verdade o que é o mioma e quais são suas consequências.

Quer entender o que é mioma e saber quais são seus sintomas, causas e tratamento? Tire todas as suas dúvidas sobre o assunto no post de hoje.

O que é mioma?

O mioma é um tumor uterino benigno constituído por células do miométrio — tecido muscular do útero — e matriz extracelular, que inclui colágeno e moléculas de proteína. É conhecido também como fibroma uterino ou leiomioma, e sua estrutura é coberta por uma cápsula de fibras musculares.

O tipo de mioma é definido pela sua localização:

• os intramurais desenvolvem-se dentro da parede do útero;
• os submucosos desenvolvem-se logo abaixo do endométrio (tecido interno do útero) e podem invadir a cavidade uterina;
• os subserosos desenvolvem-se na superfície serosa do útero (camada externa);
• os cervicais estão localizados na cérvice uterina.

Não há uma causa definida para o surgimento do mioma. Os fatores de risco para seu desenvolvimento são:

• maior número de gestações;
• uso de anticoncepcional oral;
• tabagismo;
• alto consumo de carnes vermelhas;
• histórico familiar de miomas.

Quais são os sintomas?

A maioria dos miomas é assintomática, por isso podem demorar para ser descobertos. O surgimento de sintomas está relacionado ao número, ao tamanho e à localização dos miomas, que podem ser múltiplos. Suas principais manifestações são:

• aumento do sangramento uterino;
• dor e compressão das estruturas pélvicas;
• disfunção reprodutiva (implantação errônea da placenta, parto prematuro);
• cólicas uterinas;
• problemas urinários.

O diagnóstico pode ser confirmado pela ultrassonografia transvaginal, exame de rotina na avaliação ginecológica.

Quais são as consequências?

É importante destacar que o mioma não pode se transformar em um tumor maligno e não aumenta as chances de desenvolvimento de câncer do colo de útero, que são os grandes medos de muitas mulheres que recebem o diagnóstico.

Os miomas podem progredir ou regredir de acordo com a condição hormonal da mulher, e suas consequências se relacionam ao seu tamanho e localização. Entre as principais podemos citar:

• desconfortos menstruais e pré-menstruais intensos;
• anemia, devido ao intenso sangramento durante a menstruação;
• dificuldade para engravidar (relacionada à deformidade uterina causada por miomas extensos ou pela localização do mioma, que dificulta a implantação).

Como é feito o tratamento?

O tratamento é escolhido de acordo com alguns fatores principais, como:

• grau de desconforto sentido pela paciente;
• planos de gravidez da paciente;
• probabilidade de progressão/ regressão do mioma, de acordo com a idade da paciente.

O principal tipo de tratamento é a cirurgia: podem ser realizadas miomectomias (retirada cirúrgica do mioma) ou a histerectomia (retirada do útero). Esta última é indicada apenas para mulheres que não desejam mais engravidar ou quando o problema é muito extenso. Quando há contraindicação cirúrgica, recomenda-se o tratamento medicamentoso com hormônios, que auxiliam na regressão do mioma.

O mioma é um problema uterino comum em mulheres em idade reprodutiva, e o diagnóstico precoce evita complicações no tratamento. Restou alguma dúvida sobre o assunto? Deixe seu comentário aqui no post!