Você sabe quais drogas e medicamentos podem causar infertilidade?
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A fertilidade humana depende de vários fatores internos e externos ao organismo. Por isso, quando o casal chega ao consultório do especialista em reprodução, uma das primeiras perguntas feitas por esse profissional é: “Vocês fazem uso de algum medicamento ou de alguma droga?”
Isso ocorre porque já não há dúvidas de que remédios, drogas e hábitos de vida aparentemente inofensivos são capazes de reduzir a produção de espermatozoides e desregular o ciclo menstrual, dificultando a concepção e atrasando a tão sonhada gravidez.
Mas quais são essas drogas e medicamentos que afetam a fertilidade? Por que eles provocam esse efeito? Vamos listar as principais substâncias relacionadas à infertilidade e responder a essas e outras perguntas aqui no post: confira!
Quais drogas e medicamentos podem causar infertilidade?
Álcool
Frequentemente consumido em momentos de comemoração e lazer, o álcool é capaz de gerar um desequilíbrio hormonal que prejudica a produção de espermatozoides nos homens e de óvulos nas mulheres. A consequência é uma redução do volume e da qualidade do sêmen e um aumento do número de ciclos anovulatórios ou períodos de amenorreia.
Cigarro
Além de trazer riscos para a saúde dos órgãos do sistema cardiorrespiratório, aumentar o risco de câncer e trazer complicações para a gravidez, o tabaco está associado a uma redução do número de espermatozoides na ejaculação e a um aumento do risco de abortos espontâneos.
Anabolizantes hormonais
Os anabolizantes hormonais, frequentemente utilizados por atletas para o ganho de massa muscular, provocam atrofia testicular e interferem no ciclo menstrual. Nos homens, isso provoca disfunção erétil e uma menor quantidade e qualidade de espermatozoides, que pode ser identificada no espermograma. Nas mulheres, o desequilíbrio hormonal impede a ovulação e interrompe a menstruação.
Maconha
Os princípios ativos da maconha reduzem a produção de espermatozoide e o volume do sêmen. Além disso, os gametas gerados costumam ser defeituosos e incapazes de alcançar ou penetrar o óvulo, o que dificulta ainda mais a fecundação.
Crack, cocaína e outras drogas
A dependência física e psicológica provocada por essas drogas já traz grandes prejuízos à vida do indivíduo, mas essas substâncias também geram um efeito negativo sobre a fertilidade. Em geral, há uma redução da libido e da produção de gametas (óvulos e espermatozoides), que pode evoluir para uma infertilidade permanente.
Finasterida
A finasterida é um medicamento bloqueador da testosterona, frequentemente utilizado para o controle da calvície, e também está associado à infertilidade. Os efeitos colaterais mais comuns durante seu uso são disfunção erétil e redução da produção de espermatozoides, da libido e do volume ejaculado. É aconselhado aos homens que querem filhos a parar o tratamento 6 meses antes de tentar engravidar, para diminuir as chances de alterações genitais, se ocorrer gravidez de sexo masculino.
Psicotrópicos
Diversos medicamentos utilizados no tratamento de epilepsia ou psicoses aumentam a produção do hormônio prolactina, que inibe a liberação de gametas. Outros medicamentos psicotrópicos, incluindo alguns antidepressivos, reduzem a libido e retardam a ejaculação, podendo gerar, também, disfunção erétil.
Quimioterápicos
Devido aos altos níveis de toxicidade celular e de afinidade com tecidos que se multiplicam rapidamente, os quimioterápicos usados no tratamento do câncer frequentemente danificam o tecido ovariano e testicular e reduzem a produção de gametas. Nos homens, essa infertilidade pode ser transitória em alguns casos, mas, nas mulheres, o efeito é permanente, pois provoca a liberação de óvulos defeituosos, inviáveis à fecundação.
Indivíduos que necessitam de tratamentos oncológicos em idade fértil e que desejam filhos futuros devem conversar sobre a preservação da fertilidade com um especialista.
Como essas drogas e medicamentos provocam a infertilidade?
Na maioria dos casos, essas substâncias agem sobre o eixo que controla a produção de hormônios sexuais e gametas. Assim, ao alterar diretamente — ou indiretamente — os níveis de hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH), produzidos pela hipófise, essas drogas conseguem reduzir a formação de espermatozoides e óvulos e descontrolar outras funções sexuais, como a ereção e a libido.
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