Técnicas complementares à fertilização in vitro (FIV)

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Infertilidade Masculina

Técnicas complementares à fertilização in vitro (FIV)

A fertilização in vitro (FIV) surgiu inicialmente para solucionar a infertilidade de causa tubária, uma vez que a obstrução das tubas uterinas levava à infertilidade definitiva, e as técnicas cirúrgicas para reparação tinham resultados muito pobres. Ela substituía em laboratório o encontro do óvulo com o espermatozoide e a nutrição do embrião assim formado, para depois ser feita a transferência embrionária ao útero materno.

Com o passar dos anos, houve um alargamento da sua indicação. Um progresso de maior importância foi o desenvolvimento das técnicas de injeção do espermatozoide dentro do óvulo (ICSI), o que veio a suplantar o problema da infertilidade de causa masculina.

Outras técnicas podem ser realizadas no contexto da FIV para que suas taxas de sucesso sejam elevadas, como o congelamento de embriões, a eclosão assistida, o diagnóstico genético pré-implantacional, avanços na transferência embrionária, o ERA (teste de receptividade endometrial), entre outros.

Leia nosso texto para conhecer essas técnicas fundamentais para a FIV hoje.

Congelamento de embriões

Um passo importante para a FIV foi o desenvolvimento da técnica de congelamento de embriões, que possibilitou com apenas um ciclo de tratamento proceder à transferência embrionária sucessiva, aumentando as chances de gravidez.

Existem dois métodos de congelamento: lento e ultrarrápido (vitrificação). Hoje, o mais utilizado é a vitrificação, pois oferece melhores resultados.

Eclosão assistida

Apenas o congelamento não seria suficiente. Precisávamos melhorar a qualidade embrionária e seu potencial de implantação. Técnicas de eclosão assistida (hatching), que consistem em afinar a membrana que envolve o embrião para facilitara sua implantação, foram fundamentais para alguns casos.

Diagnóstico genético pré-implantacional

A biópsia embrionária para análise dos cromossomos e seleção de embriões saudáveis é outra técnica que ofereceu novos recursos à FIV. É possível, com esta técnica, a seleção de embriões não portadores de genes que levam ao aparecimento de determinadas doenças.

Essa é uma técnica que continua sendo aprimorada e proporciona novas possibilidades no contexto da FIV.

Transferência embrionária

Com relação à transferência embrionária, o desenvolvimento de cateteres mais flexíveis que acompanham sem traumatizar as diversas curvaturas dos genitais internos foi importante. É possível acompanhar toda essa passagem com o auxílio da ultrassonografia e depositar o embrião exatamente na melhor localização intrauterina.

ERA

Hoje é possível estudar a receptividade endometrial (ERA) por meio da análise de diversos marcadores de receptividade, otimizando o timing exato da transferência. Tal análise melhora a implantação em termos quantitativos e qualitativos, podendo modificar para melhor a evolução de uma gestação.

Dessa maneira, agimos nos três mais importantes parâmetros relacionados ao sucesso de um tratamento: o embrião, a transferência e a qualidade endometrial. Quando isso não é possível, ainda podemos recorrer à doação de gametas (óvulos, espermatozoides ou embriões) ou à técnica de útero solidário (barriga de aluguel), também chamada de cessão temporária de útero.

Novas tecnologias que possibilitam a solução dessas condições estão sendo desenvolvidas, permitindo ao casal ter filhos geneticamente próprios e gestar como demais mulheres.

Gostou de conhecer algumas das técnicas que podem auxiliar no processo da FIV? Leia nosso post sobre o que é a FIV e entenda como é realizada essa técnica de reprodução assistida.

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