O que é janela de implantação e qual a sua importância para a fertilidade?
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A implantação é uma etapa importante para que a gravidez tenha sucesso, tanto no método natural como na reprodução assistida, pois é nesse momento que ocorre a fixação do embrião no endométrio, camada interna do útero preparada durante o ciclo menstrual para receber o embrião.
Janela de implantação é o momento mais propício à implantação do embrião no endométrio, que ocorre após a fecundação do óvulo pelo espermatozoide.
Quer saber mais sobre a janela de implantação e sua importante relação com a fertilidade? Então acompanhe nosso texto!
Preparação do endométrio
As gestações naturais ocorrem com sintonia muito fina entre todos os elementos envolvidos. Assim, à medida que o folículo se desenvolve, níveis crescentes de estradiol são liberados.
Este hormônio, por sua vez, prepara o endométrio para a recepção do embrião. O endométrio cresce, se espessa e no final da primeira fase desenvolve receptores para a progesterona.
O colo uterino produz, por essa época, grande quantidade de muco cervical, que auxilia na captura, armazenamento e amadurecimento final dos espermatozoides.
Quando um nível crítico de estradiol é alcançado, é disparada uma onda de hormônio luteinizante (LH), que é responsável pelo amadurecimento final do óvulo e sua liberação (ovulação).
Também ocorrem modificações na estrutura bioquímica do folículo, que passa a produzir quantidades crescentes de progesterona, hormônio que atua no endométrio por meio da ligação com seu receptor, transformando-o para receber o embrião. O óvulo é fertilizado no terço distal da tuba uterina.
O embrião resultante da fecundação inicia sua divisão celular e a viagem através da tuba uterina, atingindo o útero por volta do 5º ou 6º dia pós-ovulação. Quando chega ao útero, o embrião encontra o endométrio em fase de desenvolvimento ideal para a implantação.
Janela de implantação na reprodução assistida
Em ciclos de fertilização assistida, essa sincronia pode deixar de existir devido ao estímulo hormonal, necessário para o desenvolvimento de um número maior de óvulos e para sua coleta, o que pode levar à alteração na receptividade endometrial.
Por essa simples razão é que a taxa de gravidez é maior no ciclo com transferência de embriões congelados do que nos ciclos em que os embriões são transferidos a fresco.
Dessa maneira, o embrião deverá ser transferido ao endométrio apenas quando exibir padrões de excelência para sua receptividade e implantação. Claro que isso não é uma garantia de gravidez, mas sim a busca pelo melhor cenário possível para que ela ocorra.
Algumas mulheres se submetem a sucessivas transferências sem lograr êxito gestacional – falha de implantação. Se os embriões que foram transferidos eram de boa qualidade, os olhos devem ser voltados para o endométrio, buscando uma investigação mais profunda dos motivos da falha de implantação.
Existem técnicas que avaliam a receptividade endometrial, permitindo assim descobrir exatamente a janela de implantação. Entre essas técnicas temos atualmente utilizado o ERA (endometrial receptivity array).
Com esse teste, podemos avaliar, por meio de biópsia endometrial, se a data prevista para a transferência é a mais adequada – se está na janela. Técnicas menos invasivas estão em desenvolvimento e futuramente poderão ser utilizadas no próprio ciclo de transferência.
Gostou de saber mais sobre a relação entre janela de implantação e fertilidade? Leia sobre o teste de receptividade endometrial (ERA) para entender como identificar a janela de implantação.